terça-feira, 17 de maio de 2011

A Serenidade de Tentar Parar de Anestesiar a Mente

         Na minha visão existem diversas fontes de adrenalina que anestesiam a mente e a alma. 

      Compras compulsivas-impulsivas, comer demais-principalmente doces, estar acelerada por deixar coisas para em cima da hora, ficar obsessiva por um relacionamento conjugal / profissional / familiar / etc. Para mim a diferença do narcótico é que além da ressaca emocional, a progressividade da ressaca física é mais rápida e fatal se comparada as demais anestesias... 

A anestesia, seja ela qual for, adormece a parte do cérebro que estimula a vigilância de limites saudáveis para a convivência consigo mesmo e com os outros.

Anestesia distorce a realidade...

 Anestesiada deixo desprotegido o meu bem-estar em por limite para eu mesma. Porque mesmo algo que seja bom para mim, como estudar ou dançar, muitas vezes era feito de forma compulsiva e em seguida ficava exausta.

Anestesiada vou a extremos de ser a perseguidora que faz birra-barraco caso fosse contrariada... ou me  permitia ser vítima ao tolerar abusos desnecessários.

Estar anestesiada é como naquela frase ' estar na mão do palhaço', vale quase tudo: achar normal ter amigos furões, ser empurrada em locais públicos, ser respondida com gritos ou ironias numa conversa e até mesmo acabar de conhecer alguém e já o colocar no posto de melhor-amigo ou príncipe-encantado-herói sem conseguir avaliar se as diferenças versos as semelhanças e interesses em comum em seu real tamanho...

           A doença de amar demais começa no pensamento destrutivo que pode entrar em recuperação se substituídos por pensamentos assertivos. Ou seja: aprender a dizer não sem agressividade-controle e aprender só dizer sim se isso não for uma necessidade agradadora-submissa. Assim, parar de beber deixou algumas pessoas no meu convívio aliviadas de não ter que conviver mais comigo 'barraqueira-contrariada'. Porém, em outra perspectiva, agora as pessoas estão conhecendo um outro lado da sobriedade: eu não tolerar abusos com a facilidade que o álcool 'patrocinava'. 

        Hoje eu sei que qualquer dependência pode entrar em recuperação, mas não tem cura... Estou em recuperação por amar demais há 5 anos e já cresci muito e ainda tenho muito o que crescer. Já na recuperação de parar de beber é recente (4meses) e é  uma nova 'caixa de pandora' em pontuar como o álcool alimentava outros padrões de doença... Ainda é novidade inventariar o álcool que apesar de nunca ter sido compulsivo, mas era pontual em momentos que 'precisava'  me desligar da realidade e relaxar...

E como é bom iniciar essa recuperação já com a experiência de que eu não preciso fantasiar resultados imediatos e mesmo assim conseguir renovar a fé de acreditar na minha recuperação, crescimento, saúde e a conquista de devagar ir ao longe a cada 24hrs...

Por essas e por outras, o segredo é continuar voltando! 
Gratidão por ter mais essa ferramenta dobradinha:
inventário e levar a mensagem!

+24hrs de Serenidade Necessária!

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